diário das listas enanenesenses  

n&n's


n-zine Arquivos Contacto Site Enanenes

quinta-feira, novembro 04, 2004 :::
 
A Trilha de Cidade de Deus - por Conrado



A parte forte da trilha do filme é a Black Music mesmo. Fora os
clássicos, Hyldon, Simonal e Tim Maia, tem Cartola e Raulzito. Eis aí
a lista das músicas:

1. Meu nome é Zé (01:50) - Antonio Pinto e Ed Cortes
2. Vida de Otário (00:84) - Antonio Pinto e Ed Cortes
3. Funk da Virada (00:96) - Antonio Pinto e Ed Cortes
4. Estória da Boca (01:48) - Antonio Pinto e Ed Cortes
5. Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda (02:09) - Hyldon
6. A Transa (01:23) - Antonio Pinto e Ed Cortes
7. Metamorfose Ambulante (02:27) - Raul Seixas
8. Nem Vem Que Não Tem (01:52) - Wilson Simonal
9. Preciso Me Encontrar (01:75) - Cartola
10. Alvorada (01:54) - Cartola
11. Convite Para Vida (01:78) - Antonio Pinto e Ed Cortes
12. No Caminho do Bem (03:63) - Tim Maia
13. Morte Zé Pequeno (00:68) - Antonio Pinto e Ed Cortes
14. Batucada remix (remix by DJ Camilo Rocha & DJ YAH) (04:45) -
Antonio Pinto e Ed Cortes


::: posted by Sweet! at 5:19 da tarde



sábado, outubro 30, 2004 :::
 
Livros



Mensagem de Erico baymma enviada à lista n&n's.

Pois não é que nosso amigo Conrado fez uma magia incrível e surgiu um ÚNICO exemplar do livro "O Perfume" em uma banca onde nunca ando? Isso só pode ser feitiçaria... ieu, hein, sô??? Todas as bancas que fazem parte dos meus caminhos não sabiam da reedição, ou redisponibilização da série. Só falta pintar à minha frente o meu "grande desafio": "O Pêndulo de Foucault", de Umberto Eco - espero conseguir abraçar estes dois santos que frequentam meu modesto "altar".

Não vou tratar de resenhar livros, mas complementar-me sobre as minhas "incríveis" aquisições que fiz ontem:

a) A Percepção - "pequeno" livro da semioticista (???) Lúcia Santaella que caminha pelos caminhos perceianos da semiótica (ligados àsquestões filosóficas, principalmente). A autora já me é conhecida de outros livros, que fizeram parte da minha tentativa de preparação pro mestrado, e em seus livros identifiquei-me bastante O livro que comprei é uma incrível aquisição, pois estou dando aula de sonoplastia, e meu enfoque principal é "trabalhar" as diversas dimensões de percepção sonora a partir do indivíduo em relação a si, ao ator, à cena, ao teatro e ao mundo. Acho que é essencial na vida de "qualquer pessoa" lidar com esse questionamento, como forma de perceber-se, interagir e fazer "quase tudo na vida", principalmente para os que fazem e amam arte, que "merecem" aguçar seus sentidos em múltiplas direções e dimensões.

b) A Confissão de Lúcio (Mário de Sá Carneiro) - nunca o li, e se o fiz foi sem querer... rs... Só pra chatear os meus amigos tugas poderia dizer que este é mais um "crédito" que dou à sua cultura... mas sei que é chato, horrível, aliás, não tem nada a ver com o que penso...rs... Mário de Sá Carneiro sempre foi um "algo a ser atingido", uma necessidade íntima de conhecer sua obra, por várias referências, inclusive Fernando Pessoa. O caminho parece estar sendo construído.

c) Que farei com este livro? (José Saramago) - Nossa! Eu gosto mais de literatura portuguesa do que eu pensava!!!!!!!!! rs... Saramago é um mito pra mim. Leio-o com o prazer de degustar palavras em pleno processo de 'moeção" e ruminação, confirmando-se, negando-se, contradizendo-se sempre no presente dirigido ao próximo momento. Adoro o seu ritmo. Coloco mais esse na coleção que espero concluir.

d) Um teto todo seu (Virginia Woolf) - "A escritora inglesa que se afoga" é bem parecido com o título que deram à Veja, na morte de Elis Regina: "A tragédia da cocaína". Estes reducionismos me deixam nervoso. Pela primeira vez tenho a oportunidade de vê-la, pois está posta na capa... bem inglesa, mesmo... à la Maggie Smith (que presumo ser inglesa...rs...eu adoro a Maggie Smith, que acho que foi protagonista de um filme cujo remake foi realizado há pouco, com Julia Roberts como protagonista, no "bom" "O sorriso de Mona LIsa" - Se alguém souber o nome do filme que dá origem à história, me informem, por favor!). O texto de Virginia ainda é um mistério a ser revelado pra mim. Li muito pouco para dar uma opinião, mas não por isso deixarei de deixar-me cair à tentação de ter esse livro também por 5 reais... é ou não é?

Abraços
Érico


::: posted by naomi . at 4:55 da tarde



quinta-feira, outubro 28, 2004 :::
 
Badi Assad

Mensagem enviada por Conrado Falbo para a lista ena.



Já que o tema é música, vou pagar uma dívida que tenho com a lista: comentar o disco novo da minha amada Badi Assad.

Tudo começou quando eu estava lutando pra ler as minhas primeiras peças no violão, ainda dentro do repertório rigidamente clássico (Giuliani, Coste, Carulli, Bach...). Um belo dia, chegou às minhas mãos um cd de Badi Assad. Venderam o cd pra mim dizendo que ela era uma violonista de mão cheia, mas que também cantava e tocava uns "instrumentos estranhos"...
Levei o cd pra casa e me apaixonei pela violonista tão criativa que não tinha prateleira certa na loja de cds: música instrumental? mbp? vanguarda? clássico? Tudo ao mesmo tempo. Através dos discos de Badi (que comecei a colecionar) fui devidamente apresentado a violonistas como Marco Pereira, Paulo Bellinati, Ulisses Rocha e outros que são essenciais no processo de construção do meu ouvido. Imaginem que revolução não foi pra mim! Sou apaixonado por ela até hoje, em todos os sentidos e com todos os sentidos!

Badi é a irmã caçula de Sérgio e Odair Assad, o Duo-Assad de violões, reconhecido internacionalmente (eles moram na Europa). Badi é antes de tudo uma instrumentista de mão cheia, com rígida formação técnica, mas também tem a liberdade que os estilos populares e até a (ok, eu me rendo) "world music" (odeio esse ótulo) proporcionam em termos de liberdade para o artista.

Os discos de Badi foram quase todos lançados no exterior (ela morou um tempão nos EUA), mas desde o ano passado ela voltou pra Sampa e acabou de lançar seu mais novo disco, chamado "Verde", com a mistura costumeira de estilos e facetas (violonista, cantora, percussionista, letrista, compositora, intérprete etc etc).

Ganhei o disco de presente de aniversário de uma pessoa muito especial, e não tiro do som. Recomendo!

Badi tem uma home page ótima, vocês vão se divertir por horas (eu entro toda semana pra ver coisas novas): www.badiassad.com.br

Abraços musicais
Con

::: posted by naomi . at 9:49 da tarde



domingo, outubro 24, 2004 :::
 
Canudos, história em versos - Por Conrado Falbo



"As águas do açude de Cocorobó, que cobrem as ruínas do arraial fundado pelo beato Antônio Conselheiro, em Canudos, sertão da Bahia, não foram suficientes para apagar os rastros do sangrento conflito armado que pôs a nu as contradições sociais do Brasil nos primeiros anos da república. Os eventos ocorridos em Canudos em fins do século XIX continuam sendo rico objeto de pesquisas históricas e permanecem vivos no imaginário popular até hoje."

Leia no site Capitu a resenha do Conrado para o livro Canudos, história em versos, de Manuel Pedro das Dores Bombinho.

::: posted by Sweet! at 3:05 da manhã



terça-feira, outubro 19, 2004 :::
 
Dogma



Já que hoje é dia de filmes e falaram aqui de anjos caídos, lembrei q
outro dia assisti enfim Dogma (1999), aquela comédia de Kevin Smith que
foi tão comentada. Dois anjos q foram expulsos do céu tentam retornar,
mas se ele conseguirem, Deus será falível e a existência dele e de sua
criação (o mundo) estará fadada a terminar. O filme vai apresentando
seus personagens engraçados - musas, apóstolos-zumbis, anjos mensageiros
com ar de funcionário abusado (Alan Rickman,o professor Snape, isso
mesmo), e até uma descendente de Jesus, que é somente funcionária de uma
clínica de aborto, num estilo que me lembrou muito os filmes do Monty
Python (será q mais alguém achou o mesmo?). Parece que o filme criou
muita polêmica, aqui no Brasil nem foi exibido no circuitão por recusa
das grandes distribuidoras (Grupo Severiano Ribeiro, o Cinemark e a UCI
). Não sei porque tanta confusão, como sempre, não consigo entender
radicalismos religiosos. (...)

Ah, vocês gostaram de Dogma? Eu ao menos engraçado achei, como
besteirol, mas a falta de intimidade com esses temas bíblicos tb
tornaram o filme um pouquinho confuso para mim...

Postado na lista ena por Sweet

::: posted by Sweet! at 10:19 da tarde



 
Fernando Sabino

Mensagem enviada por Erico Baymma para a lista n&n's.



Li meu primeiro livro do Sabino, por volta dos 16/17 anos, nas jornadas diárias que fazia para ir de Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, à FATEC, em frente à Estação Tiradentes de Metrô, em São Paulo, quando cursava Informática. As duas horas de viagem eram pesadas(díssimas) quando não estava encostado em algum livro - como li nessa época.

O livro que li na época era "O Homem Nú", que ganhou uma auto-proclamada "adaptação" há poucos anos - não sei se conto pra vocês o quanto horrível é... Mas, em todo caso, vou ficar em silêncio. Os contos eram engraçadíssimos. Resovi escrever aqui exatamente por conta do "que passei" por causa dele. Pra mim, adolescente, naquela época, depois de 1 hora e meia de ônibus e meia de metrô, qualquer piada tinha a maior graça - não retirando o enorme valor da pilheria do Sabino. O que passei foi que, em determinados contos, a narrativa era tão detalhadamente engraçada que eu ficava morrendo de rir, tentando disfarçar para as outras pessoas que estavam no ônibus ou no vagão... Eu ria a valer, e as pessoas me olhavam. Incontrolavelmente, baixava a cabeça e me colocava a pensar em outra coisa que não fosse aquele fato específico, deflagrador do meu riso incontível....rs...

Li outros livros que não sei o nome. Agora, estou "paquerando" com a obra completa da Aguillar que tem num sebo em frente "dadonde" estou dando aula. Deixei de comprar bem baratinho... Ah, que raiva! Chegando lá amanhã, nem sei se conseguirei por aquele preço tão majorado que já tinha reencontrei na semana passada - sem saber que o escritor se ia.

Está na fila, o de cartas entre ele e Clarice Lispector. Nunca sei por que os livros têm que ficar esperando. Mas, deixo-os lá, como senão os desse importância. (Invento significados e conversas com eles... outra coisa que não era pra contar... mas...).
Mas, os autores se vão, e lembram pra gente neste labirinto que chamam "vida", que há muita coisa que vale a pena!

Beijões
Érico


::: posted by naomi . at 4:46 da tarde



sábado, outubro 16, 2004 :::
 
Propaganda de Bubbaloo

Mensagem de Kenia Mello enviada à lista n&n's.



Crianças chegam ao balcão de uma cantina de escola ou numa lanchonete e pedem salada de frutas pro lanche.
O atendente, com cara de chato, vai pegar o pedido, só que no caminho é achatado contra a parede por um gato, em animação, que oferece às crianças o chiclete, no sabor salada de frutas.
Achei essa propaganda um despropósito, logo agora que se tenta, no Brasil, fazer com que as escolas adotem cardápios saudáveis ao invés de coxinhas, refrigerantes e outras porcarias.
Não que eu seja contra o consumo desses alimentos, mas lanchar isso todo dia é o fim da picada.

Não é à toa que o McDonald's está colocando em um monte de revistas informações nutricionais sobre o Mac Lanche Feliz, explicando o quanto é saudável os pequenos comerem por lá... É o efeito Super Size Me. É, falta de dinheiro no bolso dos outros é refresco, né não?

Voltando ao chiclete, fiquei indignada. Onde já se viu trocar salada de frutas por um chiclete? O pior é a mensagem que fica pras crianças, que, na sua grande maioria, não é lá muito chegada a coisas saudáveis. Um desserviço, enfim.

Kenia


::: posted by naomi . at 2:02 da tarde



quinta-feira, outubro 14, 2004 :::
 
Mensagem de Erico Baymma para a lista n&n's.

"As horas" mexeu incrivelmente comigo. Pessoas e suas tragédias cotidianas, vida que se tenta valer a pena... Em cada um dos personagens conteúdos riquíssimos em que nos confrontamos conosco de forma crua.
Se antes já tinha sido motivado a ler Virginia Woolf, num documentário que cita largamente o livro "As ondas", mais fiquei interessado, por "Mrs. Dolloway". Comprei juntinho "As horas" (que procuro de cima pra baixo, aqui em casa e não encontro).
Seria mentira se dissesse que não pretendo ter a capacidade de ler os originais, em inglês - isso é tarefa do Dr. Con !!!!

Agora, já que o assunto é "filmes" gostaria de fazer um pequeno relato do que foi esse feriado, de sábado até terça-feira, ontem:

1 - "O dia depois de amanhã" - Mais um filme pirotécnico do mesmo diretor de Independence Day (que não guardei o nome). No entanto, trata-se de um assunto emergente: o derretimento da calota polar, por ação de poluentes químicos. Os efeitos especiais são sensacionais, a história é forte, mas fraquinha...rs... "Diversão e arte para qualquer parte"...

2 - Dirigindo no Escuro - mais uma comédia de Woody Allen, diretor que tem a minha grande admiração. Ele tem sempre um olhar interessante sobre as coisas, revelando soluções interessantes para seus "dramas/comédias". Neste filme, ele, na forma de diretor de cinema "aposentado", excluído e executado por não angariar mais bilheteria, é citado como possível diretor de um filme com orçamento milionário. Entrando no processo, já como diretor, em seu primeiro dia fica cego. A sorte de coisas que vêm dessa situação é daqueles risos internos gostosos, que não nos euforizam, mas fazem graça com nossa alma...

3 - 11 de setembro - dirigido por 11 diretores de países diferentes, traz consigo uma coerente visão plural em representação à fatalidade das Torres Gêmeas. Episódios pra lá de sensíveis e, ao contrário do que havia ouvido falar, é um filme que não ataca os americanos, no máximo uma pequena crítica a George Bush. Um agrupamento perfeito das tragédias vindas da religião, cultura, educação etc e tal... Belíssimo! Sensibilidade humana em estado de arte!
A grande curiosidade é que no episódio "Israelense" são citadas diversas tragédias acontecidas no dia 11 de setembro, durante toda a história!

4 - Salomé - direção de Carlos Saura, o que já é uma referência incontestável. Seguindo o ritmo de colocar no espetáculo de dança flamenca clássicos da literatura, Saura faz um dos seus grandes filmes, tanto técnica como em conteúdo. Belíssimo trabalho de dança, cinema, iluminação, trillha sonora, sonoplastia, atuação e direção. Um verdadeiro "colírio" para a alma!


5 - Latitude Zero - direção de Toni Venturi. Um drama denso sobre a miséria das relações e do indivíduo. Até onde sabia, tratava-se de um filme português, onde dois atores brasileiros faziam um duelo soberbo de interpretação. Um dos atores é meu grande amigo Cláudio Jaborandi que, em sua estadia em Barcelona, havia "alavancado" protagonizar este filme. Só que não é só isso: papo de grande amizade. A atriz Debora Duboc e o ator Cláudio Jaborandi exploram texto em interpretações brilhantes no contexto de situações verdadeiramente limítrofes.
"Que eu saiba".... o Jaborandi ganhou prêmio de melhor ator por este filme, num festival de Brasília. Parece que o filme andou ganhando mais prêmios por aí...
Um espetáculo de roteiro, interpretação e direção. Uma espécia de Bagdad Café à la brasiileira, com toques de tragédia. Indicadíssimo para os que não temem a densidade.
Outras informações em http://www.rio.rj.gov.br/riofilme/acervo/rf000070.htm
(Não consegui qualquer informação que ligasse esse filme a produtores portugueses...

Tem um sexto filme que esqueci qual é....eu paguei....rs.... Já vejo o Nuno falando: "despassarado"...rs...

Beijins e abraços em todos
Érico



::: posted by naomi . at 3:28 da tarde



PicoSearch






Lives in Portugal/Vila Nova de Gaia/Oliveira do Douro, speaks Portuguese and English. And likes Cultura/Vida.
This is my blogchalk:
Portugal, Vila Nova de Gaia, Oliveira do Douro, Portuguese, English, Cultura, Vida.

Powered by Blogger