sábado, maio 15, 2004 ::: Superman/Batman/Mulher-Maravilha: Trindade
Título Original: Trinity Editora: Panini Ano: 2004 Páginas: 68 cada volume Roteiro, Desenho, Arte-Final: Matt Wagner Cores: Dave Stewart Capas e Sinopses: volume um, dois e três.
Apesar de não serem seqüência - ao contrário: roteiristas e desenhistas diferentes e até casa editorial brasileira - vale a pena ler as trilogias Trindade e Desígnios Divinos uma após a outra, começando por Trindade por motivos óbvios.
O roteirista e desenhista Matt Wagner [Batman x Grendel] conta nos três volumes de Trindade o que seria o primeiro encontro da princesa amazona Diana/Mulher-Maravilha com os heróis Batman e Superman, muito antes da formação da Liga da Justiça. Há uma admiração mútua evidente entre Diana e Superman; quando ele a leva para conhecer Batman, no entanto, o choque de personalidades me arrancou lágrimas de risos.
Cada um dos volumes se passa no lar de um dos supers: Metrópolis, Gotham e a ilha mítica Themyscira. A missão da Trindade é descobrir e deter Ra's Al Ghul antes que ele destrua a Terra em seu propósito eco-xiita juntamente com a aberração Bizarro e a amazona renegada Ártemis.
Uma das grandes dúvidas sempre levantadas por leitorAs de quadrinhos surge no roteiro de Wagner: com quem deve ficar a Mulher-Maravilha? Com o distante e frio terráqueo Batman [nem tão frio assim, meninas!] ou com o nobre e humano alienígena Superman? Ou com outro? Ou - como amazona mitológica e inda por cima princesa - com ninguém? Em Desígnios Divinos esta questão é respondida.
sexta-feira, maio 14, 2004 ::: Quase uma história de amor
Faz muitos anos que li este livro. Está aqui em caneta esferográfica: Julho/92. Foi quando comprei. Li umas três vezes nesses últimos quase 14 anos. Lembro-me dele. Intensamente romântico e nostálgico. Está aqui no livro, a edição é de 1986. Fala de um tempo que nem parece mais que existiu, de tão deslocado que o vejo quanto a realidade atual de nosso país. Um dos personagens acabou de voltar do exílio. O livro é extremamente contemplativo de um outro tempo muito anterior a seu próprio tempo (do livro, 1986) porque, aí, já se ressentia de saudade a autora dos anos que se passaram.Maria Adelaide Amaral. Estou em 2004, folheando e recordando um livro que fala de pessoas que, em 1986, tem saudade dos anos 70.
Cinco personagens intitulam os primeiros capítulos do livro. Amigos, amantes, reais ou platônicos. Nos últimos capítulos, cartas e anotações de agenda de Luísa.
terça-feira, maio 11, 2004 ::: O Assassinato no Expresso Oriente
A tríade "leia o livro, veja o filme, ouça o disco" foi substituída por "leia o livro, veja o filme, leia os quadrinhos" no caso da obra mais famosa da Dama do Crime, Agatha Christie.
Adaptado, desenhado e publicado por belgas, a mesma nacionalidade do detetive Hercule Poirot, Assassinato... saiu no Brasil pela L&PM Editores em 1996 com um erro grosseiro na resenha da contracapa: a L&PM trocou Poirot por Maigret - que, apesar de ser um bom detetive e também falar francês, é personagem do escritor Georges Simenon.
Os quadrinhos, assim como o filme, perdem muito da essência da obra por conta do pouco espaço disponível. Dificilmente uma pessoa que leia os quadrinhos sem ter lido o livro antes conseguirá descobrir o culpado; mesmo assim vale a pena pela caracterização dos personagens.
segunda-feira, maio 10, 2004 ::: 3 x Cinema Nacional e Camille
Em se falando de cultura, as notícias que maior felicidade vem me trazendo são do cinema nacional. Nas telonas, três filmes - não totalmente brasileiros, é verdade, mas o único que não é tem direção de um brasileiro - estréiam: Benjamim, baseado no romance de Chico Buarque (que estou lendo, por sinal, e gostando!), Diários de Motocicleta, produção transcontinental dirigida por Walter Salles, e O Outro lado da Rua, vencedor do Festival de Cinema do Recife que terminou no último dia 5. Fora isso, só mesmo se for concretizada a vinda das obras de Camille Claudel à terrinha!