sábado, maio 22, 2004 ::: Orchestral Manoeuvres in the Dark - OMD
Título do CD: The Best Of OMD Gravadora: Virgin Ano: 1988
Banda britânica formada no fim dos 70's apresenta músicas pop-sintetizadas que fizeram parte de filmes teen nos 80's [A Garota de Rosa Choque, Pretty in Pink de John Hugues, por exemplo], OMD é o que tem rodado na minha playlist nesta semana. Claramente influenciado pelos alemães do Krafwerk, o OMD por sua vez inspirou o Depeche Mode no que foi a chamada New Wave.
Tracklist: Electricity Messages Enola gay Souvenir Joan of Arc Maid of Orleans Telegraph Tesla girls Locomotion Talking loud and clear So in love Secret If you leave (Forever) Live and die Dreaming Genetic engineering We love you (12" version) La femme accident (12" version)
quinta-feira, maio 20, 2004 ::: Lygia premiada na Suécia
Não é a moça do Chico (Buarque), até porque esta é com Y; mas o fato é que fiquei muito contente com a notícia que o colega Conrado de muitas listas repassou, visto que aprecio o trabalho da Lygia Bojunga não é de hoje, e sim desde os tenros aninhos da infância. A foto acima é do livrinho dela pela qual me apaixonei naqueles tempos, A Bolsa Amarela. Leiam para seus filhos um dia, eu prometo também ler para os meus.
Abaixo transcrevo linda mensagem da Lygia acerca do seu amor por livros, no Dia Internacional do Livro Infantil e Juvenil, constante em seu site acima citado:
"Pra mim, livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida.
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede, deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia; e de barriga assim toda cheia, me levava pra morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, era só escolher e pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que ? no meu jeito de ver as coisas - é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.
Mas como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei um dia de alargar a troca: comecei a fabricar tijolo pra - em algum lugar - uma criança juntar com outros, e levantar a casa onde ela vai morar."
terça-feira, maio 18, 2004 ::: LJA: Desígnios Divinos
Título Original JLA: Act of God Editora: Mythos Ano: 2004 Páginas: 52 cada volume [três volumes] Roteiro: David Moench Desenho: Dave Ross Arte-Final: George Freeman Cores: Ben de Magmaliw
Bem-vindo ao Túnel do Tempo. Onde os heróis da DC Comics são removidos de seu universo habitual e situados em cenários incomuns. Alguns desses cenários existiram ou podem ter existido, enquanto outros são totalmente inovadores.
Se em Trindade vimos uma saga pré-LJA, em Desígnios Divinos vemos o início do seu fim. Calma!! Como o alerta impresso em cada volume desta trilogia diz, a história faz parte de um dos universos paralelos que não interfere na seqüência linear da Liga.
O que aconteceria se os heróis perdessem seus superpoderes? Em Trindade, depois de levar uma bronca da Mulher-Maravilha por confiar em Batman, Superman responde algo que eu também penso: "Você precisa entender que ele não tem os nossos poderes. Não sei se eu teria a mesma coragem que ele sempre demonstrou se não fosse o Superman." Ou algo assim, não literalmente.
Pois em Desígnios... os supers perdem estes poderes. Apenas heróis "humanos" não são afetados, aqueles que usam sua própria força, treinamento, inteligência e tecnologia. Claro, vento que venta lá também venta cá, e o mesmo acontece com os vilões - o problema é que os heróis que sobraram terão que enfrentar a bandidagem de sempre mais o comportamento por vezes destrutivo dos ex-heróis.
Desígnios também põe lenha na fogueira ao discutir a divindade - de Deus e dos heróis, os relacionamentos interraciais e por fim define o destino de Diana/Mulher-Maravilha. Sim, ela fica com um dos supers. E mais não conto!
Primeiro, quando começou a passar, jurei que era filme antigo recolorido, mas vi agora que foi feito em 2002. Por quê? Aquela mulher, Catherine Deneuve, não é possível, ter mais de 60 anos, né? Bonita demais. Também pela estética geral do filme. Ao seu término, tive ainda certeza de que o filme se originou de uma peça (aí acertei), e aparentemente na adaptação houve muita fidelidade ao texto original. De fato a cena final nos faz sentir dentro de um teatro, guardadas as devidas proporções. Numa bela mansão, em meio a um friorento inverno, mãe, filha, avó, tia e duas empregadas recebem a primogênita, que retorna após período estudando fora. Em sua chegada, o pai, único homem presente na casa e na cena (em termos, pois ninguém verá sua face), é encontrado morto em sua cama, com uma faca nas costas. Com a chegada da irmã do morto, mulher de currículo duvidoso ("uma mulher liberada", nas palavras da própria), forma-se o octeto, e o desenrolar dos fatos demonstra que todas são suspeitas. As verdades mais bizarras se mostram. Final surpreendente.
Pequena nota: quem não aprecia muito musicais (como eu), dê uma chance a 8 Mulheres - os números são pequenos e divertidos. Renderam-me boas risadas.
Segunda pequena nota: não saquei muito bem a história do retrato da mulher de vestido vermelho. É a própria Louise? Quem assistiu ou assistir, me conte depois.