O Fórum das Artes recebe cinco escritores portugueses para discutir a produção literária, o universo editorial, a circulação de livros em países lusófonos. A partir de sexta-feira, dia 22, José Luiz Peixoto, Valter Hugo Mãe, Jacinto Rego de Almeida, Luísa Coelho e Cunha de Leiradella participam de mesas-redondas do evento.
Veja a programação:
Encontros sobre a literatura brasileira e portuguesa
Dia 22
19h - Bar oficial do Fórum - Café Tina Mesa-redonda: "Literatura e outras linguagens artísticas" Debatedores: José Luís Furtado; Hazenclever, Flaviano de Souza e os escritores portugueses José Luís Peixoto e Valter Hugo Mãe Lançamento dos livros: "Você conhece esse moleque da cara Gonzaga", de Airton Vieira de Souza; "Ciência e Arte na Linguagem", de José Benedito Donadon-Leal e "Ego Excêntrico", de Makely Soares de Oliveira
Dia 23
19h - Bar oficial do Fórum - Café Tina Apresentação e Lançamento do livro "Estes Penhascos - Cláudio Manuel da Costa e as paisagens de Minas", de Sérgio Alcides
Dia 24
15h - Auditório São João Del rei - Centro de Convenções Mesa-redonda: "O Conto Contemporâneo em Portugal e no Brasil" Debatedores: Branca de Paula, Luis Giffoni, Cunha de Leiradella, Jacinto Rego de Almeida, Luis Rufatto, Valter Hugo Mãe e Guiomar de Grammont. Coffee Break 17h - Mesa-redonda "Fazer Poesia em Portugal e no Brasil" debatedores: Valter Hugo Mãe, Lélia Coelho Frota, Sérgio Alcides, José Luiz Peixoto, Malluh Praxedes, Fabrício Marques 19h - Lançamento da antologia: "25 mulheres que fizeram a literatura brasileira dos anos 90"
Dia 25
15h - Auditório São João Del rei - Centro de Convenções Mesa-redonda: "Como estimular a circulação e divulgação de livros nos países lusófonos?" Debatedores: Jacinto Rego de Almeida, Valter Hugo Mãe, Cunha de Leiradella e os jornalistas Carlos Herculano (Estado de Minas), Cássio Starling Carlos (Folha de São Paulo), Joaci Furtado (Editora Globo). Mediadora: Luísa Coelho. Cofee-Break 17h - Mesa-redonda "O romance em Portugal e no Brasil" Debatedores: Luísa Coelho, Cunha de Leiradella, José Luís Peixoto, Jacinto Rego de Almeida, Valter Hugo Mãe. Mediador: Carlos Herculano 18h30 - Bar oficial do Fórum - Café Tina Apresentação: "Um escritor de dois mundos", com Luísa Coelho e Jacinto Rego de Almeida. Lançamento do livro "O Diplomata e o Agente Funerário" de Jacinto Rego de Almeida 19h - Lançamento do Suplemento Literário de Minas Gerais, em número que presta homenagem aos escritores portugueses
Dia 26
18h - Bar oficial do Fórum - Café Tina Mesa-redonda: "Novos caminhos para a Literatura infantil no Brasil" Debate com os autores e lançamento dos livros: "O Brasil de Histórias", de Conceição Fenille Molinaro, e "O Bem-te-Sino", de Hebe Rolla
Dia 27
17h - Bar oficial do Fórum - Café Tina Leitura de Poemas: traga sua poesia Lançamento de livros "...Estórias de se contar"; de Piedade Farias, e "Mina da Passagem", de Érika de Oliveira Meyer
Conheça os escritores portugueses
Cunha de Leiradella nasceu no norte de Portugal e é formado pela General Idea University. Influenciado por Eça de Queirós, Miguel Torga, Graciliano Ramos, Lima Barreto, Ernest Hemingway, Dashiell Hammett, Eugène Ionesco, Samuel Beckett e Albert Camus. Mudou-se para o Brasil em 1958. Escreveu em jornais e, juntamente com Amir Haddad e Maria Helena Khünner, fundou o Teatro Universitário Carioca em 1965.residiu em Belo Horizonte de 1980 a 2003 onde, em 1985, fundou e presidiu o sindicato dos Escritores de Minas Gerais. Hoje, mora em Portugal. Escreveu oito romances, dez peças teatrais, vários contos e roteiros para cinema e TV, que lhe valeram 40 prêmios literários.
José Luís Peixoto nasceu em 1974 em Galveias. Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas, foi professor no ensino secundário e é colaborador de vários jornais e revistas. Em 2000, publicou a ficção "Morreste-me" e, logo a seguir, o romance "Nenhum Olhar", que agitou o panorama literário português e venceu o Prêmio José Saramago. Em 2002, publicou "Uma casa na escuridão" e "A casa, a Escuridão", romance e poemas sobre o mesmo universo. Sua obra está traduzida em 12 idiomas. Está preparando seu terceiro romance.
Jacinto Rego de Almeida vive no Brasil desde 1968 e, em 1999, publicou suas impressões sobre o país em "Um olhar sobre o Brasil". Em parceria com o jornalista Carlos Cáceres Monteiro, lançou "Mistérios da Amazônia", que traz relatos, mapas e imagens recolhidos pelos dois viajantes. Sua primeira obra, a antologia de contos "As palavras e os atos", foi publicada no Brasil em 1987 e no ano seguinte em Portugal, com o nome "O afiador de facas". Em 1990, foi publicada em Portugal uma coletânea de contos intitulada "O Monóculo", com prefácio de Antônio Houaiss e ilustração do artista plástico brasileiro Victor Arruda. Em 1998, foi editado, em Portugal, seu primeiro romance, "Crime de Estado". O escritor colabora em revistas e jornais nacionais e portugueses.
Valter Hugo Mãe é poeta e editor, dirige a Quase Edições, publicando textos de diversos autores portugueses e brasileiros. O escritor assina oito livros de poesia e cinco antologias, sendo a mais recente "A alma não é pequena", de 2003. Dirige a seção de literatura da revista Idéias Fixas, do Porto, e é correspondente em Portugal da revista paulista Sibila. Na área acadêmica, as pesquisas do autor também voltam-se para a literatura portuguesa. Atualmente, prepara tese de mestrado sobre Saúl Dias, pseudônimo do poeta Júlio Maria dos Reis Pereira (1902-1983), colaborador da revista Presença (1927-1940). A publicação marcou o surgimento do movimento denominado Segundo Modernismo, em Portugal.
Luísa Coelho vive no Brasil desde 2001, onde trabalha como professora visitante de Literatura Portuguesa na Universidade de Brasília, nos departamentos de Literatura e Ciência Política. Lecionou também na Universidade de Utreque, na Holanda, pela qual, em 1994, doutorou-se em Literatura Portuguesa. Como escritora, publicou dois romances, "Cavalgar um raio de luz", de 2000, e "Monique", de 2003. Em 1992, a Editora Minerva (Coimbra) lançou "O canto de amor das baleias", que reúne as novelas da autora "Os girassóis" e "Nu descendo a escada".
Morre o guitarrista e compositor português Carlos Paredes
Publicado em 23.07.2004, às 09h53
Carlos Paredes, o maior compositor de guitarra portuguesa, inseparável companheira da voz nos fados, morreu hoje em Lisboa, aos 79 anos, em conseqüência de uma longa enfermidade, segundo informou a agência portuguesa de notícias Lusa.
Paredes nasceu em 1925 em Coimbra (centro) em uma família de músicos. Autodidata, começou a tocar guitarra aos quatro anos e soube assimilar de uma maneira muito pessoal o folclore português.
Pertencia à geração de artistas portugueses que contribuíram para a difusão mundial do fado, um ritmo tradicional português. O artista morreu precisamente no 84º aniversário de nascimento da diva do fado, Amália Rodrigues, que morreu em 1999
Está em pré-venda o novo cd da Adriana Calcanhoto, neste trabalho auto-denominada Adriana Partimpim. Fiquei a fins de conhecer o trabalho depois de ler a Lalinha da lista nempb:
"esse projeto da Adriana levou cinco anos pra ficar pronto... e ficou primoroso, um prato cheio para as crianças - e para jovens e adultos como a gente, hehe.
Adriana Partimpim (ótimo esse heterônimo, né? criado por ela mesma na infância... isso me faz lembrar "Peter Pan"...) gravou "Lig-Lig-Lig-Lé", uma marcha de carnaval muito graciosa de 1937 (segundo ela, os autores redigiram-na em homenagem "ao proprietário da grande casa O Mandarim"): "Lá vem o seu china/ na ponta do pé (...)/ dez tões, vinte pratos/ banana e café"); "Lição De Baião", de Baden Powell (Adriana convidou o filho de Baden, o também violonista Louis Marcel Powell, para tocar com ela); "Formiga Bossa Nova" e "Fico assim sem você", que já comentei; "Canção da falsa tartaruga" (The mock turtle´s story - Henrique Bergamo, T. Lewis Carol, e tradução do poeta concretista Augusto Campos); "Oito Anos" (Paula Toller fez baseado nas perguntas de seu filho de oito anos); "Ser de Sagitário" (Péricles Cavalcanti compôs para o filho que iria nascer [depois viu que nasceu uma menina, Nina, já grande. Aliás, o namorado dela, Pedro Sá, é quem toca guitarra na faixa a pedido de Adriana); "Ciranda da Bailarina" (Chico Buarque e Edu Lobo, Adriana cantou em homanagem à mãe, bailarina e coreógrafa); "Saiba" (típica canção, construção de Arnaldo Antunes) e "Borboleta" (Domenico Lancellotti, que completa um trio com Kassin e Moreno Veloso).
É isso. Me empolguei e falei demais. É que adoro Calcanhotto... (...) e esse trabalho foi suado, está pra lá de especial... é muito bom de escutar... até porque como Partimpim temos somente a intérprete em ação, a compositora fica à espera de Calcanhotto... até que ela mude de idéia e faça um mix geral..."
Sempre gostei muito da Adriana, ou seja, estou do lado daqueles que a amam, já que é sabido que está ela inclusa naquela categoria de artistas "ame-o ou deixe-o". Algumas canções que valem ser lembradas: "Porque você faz cinema?", "Minha Música", "Metade" e "Estrelas", do disco Fábrica de Poema; "Senhas" e "Esquadros" , do disco Senhas; "Medo de Amar nº 3", do Público; bem como algumas interpretações suas de outros autores (Injuriado, do Eduardo Dusek e Pão Doce da Clara Sandroni, ambas do Enguiço).
A poucos anos assisti um show voz e violão dela aqui em Recife, que foi prejudicialmente realizado em uma boate com péssima acústica. Salvo engano era o show do cd Público, onde Adriana declamava um poema que teria sido lindo se tivesse sido escutado. Uma pena, não ter podido desfrutar ao vivo do trabalho de uma artista que considero tão singular e muitas vezes incompreendida...
Puxa, como eu adorava estar no "Circo Voador" - sinônimo de liberdade para todos, frequentadores e artistas. Anos 80, a ditadura e toda perseguição política e cultural ainda na cola de nossas almas.
O "Circo" não era só rock, era tudo o que se podia imaginar, era Nana Caymmi cantando a dor de cotovelo no "Dia dos Namorados"; era Cássia Eller, quase recém-chegada de Brasília; era o "Olodum" e o paulista Itamar Assumpção. Sendo, também, paradeiro do "Barão Vermelho" e outros representantes do rock; de bandas de jazz e soul - enfim, o "Circo" era um celeiro de música e arte constante, e, sob seu toldo colorido tudo era afeto e adrenalina.
segunda-feira, julho 19, 2004 ::: Camille Claudel e Rodin
Eu nem sabia que tinha sido roubada... Mas fico feliz de terem reencontrado.
Será que se fosse aqui no Rio Capibaribe, ou na Lagoa Rodrigo de Freitas (mais megalópe, né?), Rio de Janeiro, os mergulhadores achavam os pedaços, hein/ Hehehehe...
...
Roubo
Estatueta roubada de Camille Claudel e Rodin é encontrada no Sena
Publicado em 16.07.2004, às 17h34
Uma pequena estatueta atribuída ao escultor Auguste Rodin e a sua discípula Camille Claudel, que havia sido roubada, foi encontrada na terça-feira (13) em um dos portos do rio Sena, em pleno coração de Paris, informou nesta sexta-feira a polícia.
A polícia recebeu um aviso de que a estatueta, avaliada em 800 mil euros (US$ 950 mil), poderia estar na água.
Segundo a mesma fonte, os ladrões perceberam que a polícia os seguia e se livraram de uma parte do objeto, roubado em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas, jogando a estatueta no Sena, perto da praça da Bastilha.
"A perda da escultura, que tem entre 15 e 20 cm, era incalculável porque é uma das poucas atribuídas ao célebre casal de artistas", explicou o delegado François Cerdan.
Os ladrões quebraram a estatueta antes de jogá-la no rio. A polícia conseguiu recompor a obra pedaço por pedaço depois de várias operações de mergulho nas águas do rio que cruza a capital francesa.
