diário das listas enanenesenses  

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sábado, outubro 16, 2004 :::
 
Propaganda de Bubbaloo

Mensagem de Kenia Mello enviada à lista n&n's.



Crianças chegam ao balcão de uma cantina de escola ou numa lanchonete e pedem salada de frutas pro lanche.
O atendente, com cara de chato, vai pegar o pedido, só que no caminho é achatado contra a parede por um gato, em animação, que oferece às crianças o chiclete, no sabor salada de frutas.
Achei essa propaganda um despropósito, logo agora que se tenta, no Brasil, fazer com que as escolas adotem cardápios saudáveis ao invés de coxinhas, refrigerantes e outras porcarias.
Não que eu seja contra o consumo desses alimentos, mas lanchar isso todo dia é o fim da picada.

Não é à toa que o McDonald's está colocando em um monte de revistas informações nutricionais sobre o Mac Lanche Feliz, explicando o quanto é saudável os pequenos comerem por lá... É o efeito Super Size Me. É, falta de dinheiro no bolso dos outros é refresco, né não?

Voltando ao chiclete, fiquei indignada. Onde já se viu trocar salada de frutas por um chiclete? O pior é a mensagem que fica pras crianças, que, na sua grande maioria, não é lá muito chegada a coisas saudáveis. Um desserviço, enfim.

Kenia


::: posted by naomi . at 2:02 da tarde



quinta-feira, outubro 14, 2004 :::
 
Mensagem de Erico Baymma para a lista n&n's.

"As horas" mexeu incrivelmente comigo. Pessoas e suas tragédias cotidianas, vida que se tenta valer a pena... Em cada um dos personagens conteúdos riquíssimos em que nos confrontamos conosco de forma crua.
Se antes já tinha sido motivado a ler Virginia Woolf, num documentário que cita largamente o livro "As ondas", mais fiquei interessado, por "Mrs. Dolloway". Comprei juntinho "As horas" (que procuro de cima pra baixo, aqui em casa e não encontro).
Seria mentira se dissesse que não pretendo ter a capacidade de ler os originais, em inglês - isso é tarefa do Dr. Con !!!!

Agora, já que o assunto é "filmes" gostaria de fazer um pequeno relato do que foi esse feriado, de sábado até terça-feira, ontem:

1 - "O dia depois de amanhã" - Mais um filme pirotécnico do mesmo diretor de Independence Day (que não guardei o nome). No entanto, trata-se de um assunto emergente: o derretimento da calota polar, por ação de poluentes químicos. Os efeitos especiais são sensacionais, a história é forte, mas fraquinha...rs... "Diversão e arte para qualquer parte"...

2 - Dirigindo no Escuro - mais uma comédia de Woody Allen, diretor que tem a minha grande admiração. Ele tem sempre um olhar interessante sobre as coisas, revelando soluções interessantes para seus "dramas/comédias". Neste filme, ele, na forma de diretor de cinema "aposentado", excluído e executado por não angariar mais bilheteria, é citado como possível diretor de um filme com orçamento milionário. Entrando no processo, já como diretor, em seu primeiro dia fica cego. A sorte de coisas que vêm dessa situação é daqueles risos internos gostosos, que não nos euforizam, mas fazem graça com nossa alma...

3 - 11 de setembro - dirigido por 11 diretores de países diferentes, traz consigo uma coerente visão plural em representação à fatalidade das Torres Gêmeas. Episódios pra lá de sensíveis e, ao contrário do que havia ouvido falar, é um filme que não ataca os americanos, no máximo uma pequena crítica a George Bush. Um agrupamento perfeito das tragédias vindas da religião, cultura, educação etc e tal... Belíssimo! Sensibilidade humana em estado de arte!
A grande curiosidade é que no episódio "Israelense" são citadas diversas tragédias acontecidas no dia 11 de setembro, durante toda a história!

4 - Salomé - direção de Carlos Saura, o que já é uma referência incontestável. Seguindo o ritmo de colocar no espetáculo de dança flamenca clássicos da literatura, Saura faz um dos seus grandes filmes, tanto técnica como em conteúdo. Belíssimo trabalho de dança, cinema, iluminação, trillha sonora, sonoplastia, atuação e direção. Um verdadeiro "colírio" para a alma!


5 - Latitude Zero - direção de Toni Venturi. Um drama denso sobre a miséria das relações e do indivíduo. Até onde sabia, tratava-se de um filme português, onde dois atores brasileiros faziam um duelo soberbo de interpretação. Um dos atores é meu grande amigo Cláudio Jaborandi que, em sua estadia em Barcelona, havia "alavancado" protagonizar este filme. Só que não é só isso: papo de grande amizade. A atriz Debora Duboc e o ator Cláudio Jaborandi exploram texto em interpretações brilhantes no contexto de situações verdadeiramente limítrofes.
"Que eu saiba".... o Jaborandi ganhou prêmio de melhor ator por este filme, num festival de Brasília. Parece que o filme andou ganhando mais prêmios por aí...
Um espetáculo de roteiro, interpretação e direção. Uma espécia de Bagdad Café à la brasiileira, com toques de tragédia. Indicadíssimo para os que não temem a densidade.
Outras informações em http://www.rio.rj.gov.br/riofilme/acervo/rf000070.htm
(Não consegui qualquer informação que ligasse esse filme a produtores portugueses...

Tem um sexto filme que esqueci qual é....eu paguei....rs.... Já vejo o Nuno falando: "despassarado"...rs...

Beijins e abraços em todos
Érico



::: posted by naomi . at 3:28 da tarde



quarta-feira, outubro 13, 2004 :::
 
A Dona da História - por Lêda Lins



Ontem fui assistir ao filme brasileiro, A Dona da História, dirigido por Daniel Filho, de quem não sou naa fã, mas como tem Marieta Severo, que acho excelente atriz, e Antônio Fagundes, que acho um tesouro (mesmo coroa...rs), fui conferir.

É uma comédia romântica bem produzida, com boas soluções e bom roteiro. A história trata do dilema de uma mulher de 50 anos, Carolina, casada há 32 anos com Luiz Cláudio, cujos filhos já saíram de casa e, ambos se vêem com a possibilidade de realizarem alguns projetos ainda não consumados. Carolina, no entanto, vivendo uma "crise existencial" questiona a vida que levou, revendo, de forma bem original, seu passado e sua principal escolha, o casamento. Formula algumas hipóteses e pensa em como sua vida seria se não tivesse casado e tivesse seguido outras opções. O encontro da Carolina com 50 anos (Marieta Severo) com a Carolina com 18 anos (Débora Falabela) é feito através de dialogos bastante instigante. A juventude de Carolina é passada no Rio de Janeiro dos anos 60, quando ela, sonhadora, conhece Luiz Cláudio.
A década de 60 é revivida, com cores fortes, mas achei que eles tiveram pouco cuidado com alguns detalhes, como figurino (as cenas na praia não têm nada a ver com o que realmente se usava na época).

Não é um ótimo filme, mas é um filme que vale a pena ver, ao menos pela bela interpretação de Marieta Severo e pela sincronia de atuação entre os personagens no passado e no presente. Segundo soube, Daniel filho fez o filme especialmente para Marieta Severo que, sem dúvida conduz a história, como verdadeira dona.

::: posted by Sweet! at 1:56 da tarde



terça-feira, outubro 12, 2004 :::
 
O Círio de Nazaré



Mensagem enviada por Bruna Guerreiro para a lista n&n's.


Leda,

No tucupi se pode fazer quase tudo! Carne assada, porco, peixe, frango. A vantagem do pato é que, por ter a carne mais dura, não se desfaz na longa fervura imerso no tucupi. Mas o frango fica delicioso, e eu não me importo que se desfaça!

Sobre o Círio, a quem interessar possa, a história é marromenos assim:

Era um vez um carinha chamado Plácido. Ele achou uma imagem de madeira de Nossa Senhora de Nazaré no Igarapé do Murucutu (que hoje é seco e é uma rua perto da casa da minha mãe). Levou pra casa, mas a Santa sumiu. Tornou a achá-la no mesmo lugar, no Igarapé. E assim mais um vez, a teimosa voltava pra lá. Levaram até pra capela do local, mas a menina voltava. Vencido, ele resolveu erguer uma capelinha em volta da Santa. Até hoje, essa capela existe, e é a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré.

http://spd.fotologs.net/?u=belemdopara&i=2004/10/04/1096939203.jpg&c=f

Em 1866, a berlinda que levava a Santa atolou, e usaram uma corda pra puxá-la. A moda pegou, porque os devotos se sentiam "puxando" a Santa. A corda se tornou um dos símbolos maiores do Círio, pessoas pegam promessa segurando a corda, o que não é bolinho, não senhor! É proibido usar sapatos na corda, pra não pisotear (muito) as pessoas. Homens de um lado, mulheres de outro. Se vc for baixinho, corre o risco de ser espremido entre dois romeiros e nem tocar os pés no chão. O sofrimento é enorme, mas ninguém quer largar. E se largar, não consegue voltar.

http://www.oliberal.com.br/cirio/images/foto_corda.jpg

O deste ano foi o mais longo de todos os tempos. Durou quase 10 horas. Pra percorrer menos de 5 quilômetros! Atingimos a marca de 2 milhões de pessoas na procissão (eram previstas 1 milhão e 800 mil), e Belém tem 1 milhão e meio de habitantes! Vi tudo pela internet, foi meu primeiro Círio com banda larga. Tudo mudou! Ano passado não conseguia ver a transmissão pela internet, era frustrante.

É sempre tão emocionante ver, ouvir, ligar pra minha mãe, lá no meio da muvuca, perguntar, meio gritando, se a Santa já passou, e ela dizer pelo celular "a Santa tá sumindo lá longe, filha. Que ela te abençoe". Mesmo que eu nem creia em Deus...

Nossa Senhora de Nazaré é mais que essas coisas todas, coisas mais discutíveis, como Deus e religião. Nazica (apelidinho carinhoso que os paraenses deram à poderosa) ninguém discute, ela é e pronto. É uma essência do nosso povo, da nossa cidade, de outubro. Outubro é amrelo e branco como ela e como as cores do Círio. Nazica é pra católicos, protestantes, judeus e ateus. Pra paraenses, cariocas, paulistas, mineiros. Pra brasileiros e portugueses.

Como disseram hoje, muitas vezes, dois milhões de pessoas em coro, na minha cidade: Viva Nossa Senhora de Nazaré!

Bruna


::: posted by naomi . at 10:19 da manhã



segunda-feira, outubro 11, 2004 :::
 


O grande evento que está começando a acontecer em Brasília é a chuva que vem
chegando devagarinho, mas que já diminui um pouco a baixa umidade do ar, que
neste ano extrapolou os limites. Até eu que estou acostumada com o clima
daqui senti demais a secura.
Este grande evento, que foi adiado pelo serviço metereológico várias vezes,
conta com a participação especial de São Pedro, trazendo as chuvas, e de
Santa Clara, levando o sol.
Como nos filmes de spielberg também há muitos efeitos especiais. Raios e
trovões clareiam o céu brasiliense, acompanhados de um balé feito pelas
nuvens.
Os espectadores se empolgam e saem às janelas e ruas para admirar e louvar o
grande evento.
Enfim, é um verdaeiro espetáculo. Um grande evento da natureza!

Por Lêda Lins.

::: posted by Sweet! at 2:40 da tarde



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